sábado, 10 de janeiro de 2015

John Green - O Teorema de Katherine [Cindy]

Título Original: "An Abundance of Katherines"
Páginas: 272
Editor: ASA
ISBN: 9789892326337

Sinopse

Dezanove foram as vezes que Colin se apaixonou.
Das dezanove vezes a rapariga chamava-se Katherine.
Não Katie ou Kat, Kittie ou Cathy, e especialmente não Catherine, mas KATHERINE.
E das dezanove vezes, levou com os pés. 

Desde que tinha idade suficiente para se sentir atraído por uma rapariga, Colin, ex-menino prodígio, talvez génio matemático, talvez não, doido por anagramas, saiu com dezanove Katherines. E todas o deixaram. Então ele decide inventar um teorema que prevê o resultado de qualquer relacionamento amoroso. E evitar, se possível, ter o coração novamente destroçado. Tudo isso no curso de um verão glorioso passado com o seu amigo Hassan a descobrir novos lugares, pessoas estranhas de todas as idades e raparigas especiais que têm a grande vantagem de não se chamarem Katherine.


Uma Nota da Cindy

Antes de começar a opinião em si, tenho que explicar a minha história com John Green aos leitores. Os que me conhecem melhor sabem que eu nunca gostei muito de John Green desde que li o livro "Looking for Alaska" em 2011. Na altura, era o livro mais falado no Tumblr e eu apaixonava-me cada vez que lia citações deste. Pedi então a um familiar para me trazer o dito livro da Irlanda e fiquei super entusiasmada... O problema foi o livro em si. Não fui capaz de me conectar com nenhuma das personagens (algo que tem sido para mim um problema constante com este autor), não fui capaz de me conectar com a história... Foi uma experiência literária infeliz para mim e nunca mais tive interesse em ler o autor (que na altura, nem falado em Portugal era). 

Mas entretanto surgiu a febre do "The Fault in Our Stars" (A Culpa é das Estrelas) em Portugal e eu decidi que queria dar uma segunda oportunidade ao autor (mas não com esse livro, uma vez que eu gostei demasiado do filme e tinha medo de me desiludir com o livro mais uma vez). Foi então aí, que decidi comprar "O Teorema de Katherine", do qual deixo a minha opinião abaixo.

Opinião

Quando comecei o livro "O Teorema de Katherine" rapidamente me aborreci. O início do livro, para mim, é sem dúvida a pior parte. É apresentado ao leitor uma personagem principal (Colin Singleton, um menino prodígio) deprimido, choroso e sem força após ter sido deixado por uma rapariga chamada "Katherine" (a 19ª rapariga chamada Katherine que o deixa).

Colin é uma personagem que me irritou profundamente ao longo do livro. Tudo bem, que ser deixado por alguém pode ser um drama, mas Colin passa metade de um livro a choramingar por uma rapariga (é uma personagem principal exageradamente choramingas). O seu melhor amigo Hassan, bastante engraçado e inteligente tenta intervir e convence Colin a fazer uma viagem de carro sem rumo com ele, de modo a afastar Colin da melancolia que o assombrava.

Durante a viagem, perdido nos seus pensamentos, Colin repensa todas as suas prévias relações com Katherines e chega à conclusão que deverá ser possível, através de um teorema matemático, prever o decurso de qualquer relação. Mas o teorema de Colin não funciona com todas as Katherines e Colin tenta entender o porquê.

É aí que Colin e Hassan encontram uma pequena vila chamada "Gutshot", onde vão originalmente para espreitar uma atracção turística. Conhecem então Leslie, uma simpática e popular rapariga (também comprometida) que lhes vai virar o mundo de pernas para o ar.

Ao arranjarem um trabalho a entrevistar antigos trabalhadores da principal fábrica de Gutshot (que fabrica fios para tampões), Colin e Hassan aventuram-se em actividades que nunca antes considerariam (como caça) e descobrem um mundo novo.

Ao mesmo tempo, o sempre melancólico Colin tenta encontrar os erros no seu teorema e é com ajuda de Leslie que encontra variáveis que nunca pensaria sozinho. E quem sabe... talvez o mundo não seja feito apenas de raparigas chamadas Katherine.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Sarah Lotz - Os Três [Cindy]

Título Original: "The Three"
Páginas: 432
ISBN: 9789896376734

Sinopse
O dia que nunca será esquecido. 
O dia em que há quatro acidentes de avião, em simultâneo, em diferentes pontos do globo.
E três crianças sobreviveram. 

O mundo vive atordoado com a trágica coincidência. À beira do pânico global, as autoridades são pressionadas a encontrar as causas que motivaram os acidentes. Com terrorismo e desastres ambientais fora da equação, não parece haver uma correlação lógica, tirando o facto de ter havido uma criança sobrevivente em três dos quatro acidentes. 
Intituladas Os Três pela imprensa internacional, as crianças exibem distúrbios de comportamento, presumivelmente causados pelo horror que viveram e pela pressão da comunicação social. Esta pressão torna-se ainda mais intrusiva quando um culto religioso liderado por um ministro fanático insiste que as crianças são três dos quatro profetas do Apocalipse. E se, para mal de toda a Humanidade, ele tiver razão?


Opinião
E se caíssem quatro aviões no mesmo dia, com um intervalo de poucas horas, em quatro lugares diferentes do mundo? Seria uma autêntica catástrofe… E se em cada um dos acidentes tivesse sobrevivido uma criança?

Esta é a história do livro “Os Três”, escrito de uma forma brilhante através de uma compilação de relatos fictícios (recolhidos por uma jornalista, Elspeth) de várias pessoas que testemunharam esta catástrofe (chamada a Quinta-feira Negra), desde familiares de vítimas a polícias e bombeiros presentes no local do acidente.

A sobrevivência das três crianças leva a que se instale uma confusão a nível mundial, a partir do momento em que nascem teorias sobre o que realmente aconteceu. Desde uma versão religiosa que leva este desastre como um presságio do final do mundo e que acaba por provocar a morte de muitas pessoas, até à teoria que as crianças tinham sido raptadas por extraterrestres e que lhe tinham sido implantados chips.

No meio do desastre e da confusão que se instalou, Elspeth tenta apenas descobrir a verdade e está disposta a um pouco de tudo para a conseguir.

Começando por falar um pouco da capa, considero-a muito apelativa, aliás, foi esta que me chamou à atenção para o livro.

Não entendo a classificação deste livro como “terror”. Se ele é um pouco mórbido? Sim é, estamos a falar de desastres de aviões e de muitas mortes, mas não considero um livro de terror (na minha visão talvez se enquadre mais em suspense).


“Os Três” é um livro brilhante que, na minha opinião, só peca por ser um pouco repetitivo a meio. É um livro que deixa o leitor agarrado à história desde a primeira página e que não o deixa parar de ler até terminar.